sábado, 22 de novembro de 2014

Pequenos escritores nas cores de outono II

Se eu fosse uma árvore 

Se eu fosse uma árvore seria uma figueira e as pessoas colhiam os meus filhos, figos. 
Um dia, as minhas folhas ficaram coloridas e depois caíram. O vento passou e sussurrei para mim mesma:
- Achas que o vento te diz porque é que as folhas te caíram figueira?
Depois pensei bem e como o vento sabe tudo, eu perguntei-lhe:
-Vento, porque é que as folhas me caíram?
-Não sei figueira, é a primeira vez que passo por esta zona - disse o vento.
-Então fui perguntar às minhas amigas andorinhas, que disseram:
-Desculpa não sabemos, também temos que partir figueira, nós não gostamos desta altura do ano.
-Está bem, adeus! - disse-lhes.
Passou por lá uma nuvem que começou a deitar água para cima de mim e eu perguntei-lhe:
-Olha nuvem, sabes porque é que as minhas folhas caíram?
-Não figueira, desculpa, tenho de ir adeus. - disse a nuvem.
E eu perguntei-me a mim mesma:
-E agora, como é que vou saber porque é que as minhas folhas caíram?
-Só tinha uma opção perguntar à minha mãe.
-Mãe, porque é que as minhas folhas caíram? - questionei cheia de ansiedade.
-Filha, no outono é natural que as folhas caiam das árvores, elas estão a envelhecer. É a lei da vida, um processo natural e necessário.
-Muito obrigado mãe – respondi felicíssima. 
Então fui contar às minhas amigas e todas passaram a saber o que nos acontece no outono.


Francisca Menezes 4º ano

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