domingo, 23 de novembro de 2014

Pequenos escritores nas cores de outono IV

Se eu fosse uma árvore


Se eu fosse uma árvore gostava de ser bonita e média.
Eu queria que chegasse a primavera porque assim tinha muitas folhas verdes, grandes, pequenas e lindas.
O vento apareceu e disse-me:
- Eu vou tirar-te essas folhas todas.
- Não vais não porque eu aguento contigo. – respondi-lhe com vontade.
- Ai sim, agora vou lançar o meu vento poderoso, agora vê se consegues aguentar.
- Ah não! Tu tiraste-me as folhas quase todas.
- Até logo meu inimigo! - retorquiu o vento maldosamente.
Eu fiquei muito triste, vou ficar tão feia e despida até acabar o inverno. O melhor é não desanimar e dar tempo ao tempo.
O vento apareceu no último dia de inverno e disse-me:
- Voltei meu inimigo e agora vou tirar-te as folhas todinhas dos teus raminhos.
- Estás muito enganado vento. - respondi cheio de coragem.
- Porque é que estou enganado?
- Sabes porquê? Porque hoje é o último dia de inverno. Devias ter vindo mais cedo. A próxima estação entra amanhã e com ela as folhas e as flores. Quem ri por último ri melhor! - gargalhei ruidosamente.
- Seu tramado, por tua causa eu vou desaparecer até o primeiro dia de outono.
E assim a árvore ficou contente.

Nuno Filipe 4º ano

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